Comentários sobre empreendedores

quinta-feira, 3 de março de 2011

Francisco Matarazzo



Matarazzo é um dos sobrenomes mais nobres e conhecidos no Brasil, mas alguém sabe o porquê dessa popularidade desse nome? Bom, a história dos Matarazzo’s começa com o grande empresário italiano Francesco Antonio Maria Matarazzo – conhecido como Francisco Matarazzo -, nascido em 1854. Muitos talvez o conheçam por Conde Matarazzo, mas vale lembrar que esse título de conde foi-lhe dado em 1917 pelo rei da Itália devido aos serviços prestados durante a Primeira Guerra Mundial.

Francisco Matarazzo veio para o Brasil após uma grave crise econômica no sul da Itália e a expansão cafeeira no Brasil. Em 1882, montou seu primeiro negócio comercial em que vendia banha de porco e já em 1891, fundou a Companhia Matarazzo, com 43 sócios.

Este empreendedor tinha como objetivo principal realizar uma substituição de importação dos EUA, logo, sua estratégia era entrar em todos os ramos possíveis de negócio, assim, como mostrarei a seguir, sua empresa (IRFM) tinha por finalidade gerar uma sucessão de empreendimentos e investimentos dentro de si mesma.

Em 1897, Matarazzo comprou um moinho de farinha – que, por sinal, foi o primeiro de São Paulo -, que deu origem à S.A. Indústrias Reunidas Francisco Matarazzo (IRFM). Para produzir os sacos que embalavam sua farinha, ele adquiriu máquinas de tecelagem. Com as máquinas, começou a produzir tecidos populares para o mercado. Das sementes de algodão, que comprava para a tecelagem, ele extraía óleo. Sendo que um subproduto da refinação do óleo da semente de algodão era utilização para produzir sabão. E como o sabão necessitava de sebo, que por sua vez servia para manipular glicerina, ele começou a fabricar velas e fazer refinação de glicerina.

Mas ainda não acabou essa sua cadeia “anti-importação”, pois, com todos esses produtos, eram necessários caixotes e embalagens, e foi dessa necessidade, que fez surgir serrarias e metalúrgicas. Com a madeira e o metal disponíveis, ele começou a fabricar móveis e utensílios. Como as serrarias exigiam pregos dos mais variados, também criou uma indústria de pregos.

Mas não pensam que esses foram os únicos produtos que o complexo de indústrias Matarazzo, IRFM, criou. Ainda há bastante coisa que não foram citadas. Segundo o próprio Francisco: “Sou comerciante de farinha, de bacalhau, de algodão... Não entendo de mais nada”.


No início do século XX, Matarazzo inicia sua expansão para países do exterior, aumentando ainda mais suas indústrias, seu reconhecimento e sua fortuna. Na década de 30, o conjunto de empresas ocupava uma área de 2.000.000 m², empregava 30.000 operários, 3.000 funcionários e 1.000 técnicos, possuía uma frota de navios, 10 locomotivas e 900 veículos motorizados para o transporte dos produtos!!

Logo, nota-se a competência e genialidade de Conde Francisco Matarazzo, que conseguiu transformar com habilidade e espírito empreendedor, uma pequena venda de banha de porco em um complexo de indústrias dos mais variados tipos de produtos! Entretanto, Francisco Matarazzo errou em um ponto, não treinou ninguém para substituí-lo, assim, a partir de 1937, ano de sua morte, o império Matarazzo começa a ficar debilitado.

Atualmente, a tradicional e riquíssima família Matarazzo, apesar de possuir certos resquícios de nobreza, não é mais a mesma da época do Conde. Alguns desses representantes mais atuais são: Claudia Matarazzo, Eduardo Smith Suplicy (vulgo, Supla ¬¬), Jayme Matarazzo e Maysa Matarazzo (que, na verdade, obteve esse nome porque se casou com André Matarazzo).


Abs!!

Isabela Lana



Embasado no meu trabalho de faculdade
Demais integrantes: Barbara Vieira, Fernanda Aguilar, Luciana Tavares, Leandro Ribeiro e Thiago Freitas

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