Comentários sobre empreendedores

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Larry Page e Sergey Brin


Google, poderoso instrumento de homogeneização cultural pode ser usado de maneiras diferentes e imprevisíveis” – Carlo Ginzburg. Não há dúvidas de que, atualmente, o Google é um dos gigantes da tecnologia, sendo considerado por anos o Top of Mind da Internet. Mas quem seriam os fundadores dessa marca avaliada em aproximadamente US$ 155 bilhões? Seus nomes são: Sergey Mihailovich Brin e Lawrence Edward Page (Larry Page).

Sergey Brin, nascido em 1973, é co-fundador e atual presidente de tecnologia do Google. Ele emigrou, em 1979, da União Soviética para os EUA, local este onde conseguiu se formar em matemática e ciências da computação pela Universidade de Maryland.

Larry Page, também nascido em 1973, é co-fundador, presidente de produtos e atual CEO do Google. Larry se formou em engenharia de computação pela Universidade de Michigan, posteriormente iniciou seu doutorado na Universidade de Stanford, onde se uniu a Brin e iniciaram o desenvolvimento do site de busca mais popular da internet atualmente.

Em 1996, juntos, Sergey e Larry começaram a pesquisar e desenvolver o Google, empresa que se tornou extremamente valiosa em poucos anos. No início, pensaram seriamente que essa união não daria certo, pois eles possuíam idéias bastante opostas um do outro, discordavam na maioria dos assuntos. Porém, após algum tempo juntos, perceberam que, na verdade, as idéias divergentes eram importantes para construir e continuamente complementar a empresa, a fim de que ela seja sólida – uma vez que é uma agregação de ideologias opostas.

A idéia primordial e motivadora para uma pesquisa mais aprofundada era desenvolver a tecnologia PageRank, isto é, classificar e ordenar os sites listados na busca de acordo com a relevância e importância das páginas para a pesquisa realizada pelo internauta.

Com a união de suas idéias, eles "abarrotaram seus dormitórios com computadores baratos", a fim de testar os seus sistemas do novo motor de busca na internet. Tal projeto cresceu tão rápido que chegou a "causar problemas de infra-estrutura de computação de Stanford", dessa maneira, eles puderam perceber que tinham conseguido criar um motor superior para pesquisa na internet. Após isso, resolveram, então, suspender seus estudos de doutorado para trabalhar mais em seu novo sistema.

O nome “Google” foi proveniente de um erro ortográfico da palavra “googol”, este consiste no número 10100, isto é, o número 1 seguido de cem zeros. A intenção seria “indicar a quantidade de informações que o motor de busca poderia processar”.


Em 1997, o nome de domínio Google fora registrado e a empresa constituída somente em 1998 – que inicialmente tinha como sede a garagem de uma amiga. A missão da empresa consiste em "organizar a informação mundial e torná-la universalmente acessível e útil" e o slogan, inventado pelo engenheiro Paul Buchheit, é: “Don't be evil” em inglês e “Não seja mau” em português. Entretanto, “Don’t be evil” é o slogan informal da companhia, o formal é: “You can make money without doing evil” (Você pode fazer/ganhar dinheiro sem fazer o mal”). Além disso, existem outras filosofias que fazem parte da organização, como “você pode ser sério sem um terno” ou “o trabalho deve ser desafiador e os desafios devem ser divertidos”, e foram essas e dentre outras filosofias e cultura corporativa – considerada informal – que levaram a empresa Google, segundo a revista Fortune, como uma das melhores empresas para se trabalhar – ficando com o primeiro lugar em 2007 e 2008.

Em 2001, os fundadores do Google, Larry e Sergey, contrataram Eric Schmidt Emerson – na época em que este era presidente e diretor executivo da Novell (empresa americana de software). Schmidt, nascido em 1955, é um americano graduado em engenharia elétrica pela Yorktown High School, convém ressaltar que, em 1979 (três anos após sua graduação), ele projetou e implementou uma rede que ligou o computador central do campus aos diversos departamentos.


Em março de 2001, Schmidt entrou como presidente do conselho de administração do Google e, em agosto de 2001, tornou-se CEO da companhia. Além das funções tipicamente atribuídas a um CEO, ele também se concentra na "construção da infra-estrutura corporativa necessária para manter o rápido crescimento do Google como uma empresa e em garantir que a qualidade continue elevada". No início de 2011, a Google anunciou que Eric Schmidt deixaria de ser o CEO da empresa, entretanto continuaria como presidente executivo. O cargo, portanto, foi passado para Larry Page, co-fundador da organização.

Atualmente, o Google é o site mais acessado do mundo. Segundo a revista Forbes, em 2005, e com apenas 32 anos, Larry Page já tinha uma riqueza estimada em 7,2 bilhões de dólares, tornando-se o 55º homem mais rico do mundo. Em 2010, de acordo com a mesma fonte, o diretor, com 17,5 bilhões, já assume a 24ª posição do ranking, juntamente com Sergey Brin. Além disso, pode-se ter uma idéia da grandiosidade que se tornou essa companhia por meio da lista de marcas mais valiosas do mundo, em que o Google permaneceu por três anos consecutivos no topo da lista.


Abs!

Isabela Lana



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segunda-feira, 11 de julho de 2011

Ricardo Semler


Ricardo Frank Semler, nascido em 1959, é formado em Direito pela USP e estudou Administração em Harvard – faculdade esta que, curiosamente, só conseguiu ingressar após escrever uma carta criticando a instituição. Ademais, foi o fundador de escolas de ensino básico infantil, como a Lumiar, que adota técnicas inovadoras e democráticas. Atualmente, Ricardo Semler é diretor da FIESP e articulista do jornal Folha de S. Paulo e Sócio da Tarpon Investimentos em São Paulo, Brasil. Tem feito aparições na mídia em vários países, é palestrante em cursos de negócios e grupos que promovem a filosofia da "Democracia Industrial" e é professor visitante na Harvard Business School.

Semler é também o CEO (Chief Executive Officer) e o sócio majoritário da SEMCO S/A, organização bastante conhecida pela inserção de novos conceitos administrativos formados por esse empresário, como democracia industrial e reengenharia corporativa. A democracia industrial, como o próprio nome já diz, consiste em um sistema bastante democrático, pois inclui os trabalhadores nos processos de tomadas de decisões; e a reengenharia corporativa é uma reestruturação da empresa, com implementação de mudanças, novos valores, novos métodos de administrar.

Em 1980, o jovem empresário iniciou a carreira na empresa de seu pai, Semler & Company, que atuava no mercado de suprimentos para a construção naval, em São Paulo. Ajorrado nas idéias, entrou em conflito como o pai (Antônio Semler), uma vez que este defendia e mantinha uma estrutura autocrática tradicional na gestão dos negócios, enquanto Semler era a favor da descentralização e de uma gestão participativa.
Devido aos crescentes atritos com o pai, Ricardo ameaçou sair da empresa, entretanto, seu pai preferiu renunciar a liderança da SEMCO, permitindo, assim, que Semler assumisse a presidência aos 22 anos. Logo no seu primeiro dia de trabalho como presidente, ele demitiu 60% da alta-gerência; trabalhou em um projeto para diversificação da companhia; e procurou proporcionar mais qualidade de vida para si para os funcionários.

Com o Plano Collor, em 1989, houve elevadas restrições econômicas e, por conseqüência, a economia brasileira entrou em profunda recessão, fato este que forçou muitas empresas entrarem em processo de falência. No caso da SEMCO, os trabalhadores concordaram com a redução de 40% nos salários e passaram a ter o direito de aprovar cada despesa realizada pela empresa. A participação dos funcionários durante essa crise permitiu a todos elevar o conhecimento sobre as operações da empresa e fomentou uma série de sugestões que culminaram com grandes melhorias dos resultados e, conseqüentemente, elevação considerável da rentabilidade da empresa.
Com essas e outras medidas flexíveis - como o fim do controle, no qual permitiu que os funcionários escolhessem chefe e salário, e a descentralização das operações -, Semler, após mais de 25 anos assumindo a frente do negócio, viu a empresa crescer de 300 para 3.000 funcionários e o faturamento saltar de 4 milhões para 200 milhões de dólares.

Entretanto, Ricardo Semler sempre pensou que empresas democráticas deveriam ser precedidas por uma escola democrática, pois, segundo ele: “É preciso desprogramar as pessoas que vêm trabalhar nas empresas, que passaram a vida toda aprendendo a ficar quietas, a sentar, a levantar e a ir ao banheiro com permissão. São condicionadas a seguir instruções em vez de pensar livremente". Sendo assim, Semler inaugurou a escola Lumiar, em São Paulo, em que a idéia é criar um espaço no qual os alunos sejam protagonistas, escolhendo o que e quando estudar, guiados não por um currículo prefixado, mas pela curiosidade. "Se alguém fosse 'criogenizado' há 150 anos e acordasse numa empresa ou num hospital, numa casa ou no exército, pouco reconheceria. Apenas numa escola sentiria que tudo estava igual."


Na Lumiar a aprendizagem se dá de forma ativa, através da solução de problemas, em projetos desenvolvidos a partir dos interesses dos alunos. Além disso, a avaliação não se faz por testes, provas, exames, mas sim com base em observações, interações, diálogos com os múltiplos agentes envolvidos. Desse modo, percebe-se que o professor não é o professor como o conhecemos; não é guiado pelos conteúdos definidos em currículos. Ele deve saber montar sua aula em cima do presente, usando a curiosidade do aluno como sua principal matéria-prima.

Assim, percebe-se a genialidade de Ricardo Semler, questão esta que pode ser comprovada pelas inúmeras honrarias e títulos conquistados pelo empresário. A Revista TIME o apontou como um dos “100 Jovens Líderes Globais” em uma série de reportagens sobre executivos veiculadas durante o ano de 1994. O Fórum Econômico Mundial também o mencionou em trabalhos semelhantes, além do conceituado Wall Street Journal. No Brasil, recebeu o título de “Empresário do Ano no Brasil” em 1990 e em 1992. Um colegiado de especialistas, através da CIO Magazine, apontou a SEMCO como o caso de maior sucesso no mundo em reengenharia de companhias. Ricardo Semler escreveu livros que se tornaram Best Sellers no Brasil e exterior, dentre eles, Virando a Própria Mesa, seu primeiro livro, publicado em 1988, e Seven-days Weekend, publicado em 2003. 


Abs!

Isabela Lana



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quinta-feira, 3 de março de 2011

Francisco Matarazzo



Matarazzo é um dos sobrenomes mais nobres e conhecidos no Brasil, mas alguém sabe o porquê dessa popularidade desse nome? Bom, a história dos Matarazzo’s começa com o grande empresário italiano Francesco Antonio Maria Matarazzo – conhecido como Francisco Matarazzo -, nascido em 1854. Muitos talvez o conheçam por Conde Matarazzo, mas vale lembrar que esse título de conde foi-lhe dado em 1917 pelo rei da Itália devido aos serviços prestados durante a Primeira Guerra Mundial.

Francisco Matarazzo veio para o Brasil após uma grave crise econômica no sul da Itália e a expansão cafeeira no Brasil. Em 1882, montou seu primeiro negócio comercial em que vendia banha de porco e já em 1891, fundou a Companhia Matarazzo, com 43 sócios.

Este empreendedor tinha como objetivo principal realizar uma substituição de importação dos EUA, logo, sua estratégia era entrar em todos os ramos possíveis de negócio, assim, como mostrarei a seguir, sua empresa (IRFM) tinha por finalidade gerar uma sucessão de empreendimentos e investimentos dentro de si mesma.

Em 1897, Matarazzo comprou um moinho de farinha – que, por sinal, foi o primeiro de São Paulo -, que deu origem à S.A. Indústrias Reunidas Francisco Matarazzo (IRFM). Para produzir os sacos que embalavam sua farinha, ele adquiriu máquinas de tecelagem. Com as máquinas, começou a produzir tecidos populares para o mercado. Das sementes de algodão, que comprava para a tecelagem, ele extraía óleo. Sendo que um subproduto da refinação do óleo da semente de algodão era utilização para produzir sabão. E como o sabão necessitava de sebo, que por sua vez servia para manipular glicerina, ele começou a fabricar velas e fazer refinação de glicerina.

Mas ainda não acabou essa sua cadeia “anti-importação”, pois, com todos esses produtos, eram necessários caixotes e embalagens, e foi dessa necessidade, que fez surgir serrarias e metalúrgicas. Com a madeira e o metal disponíveis, ele começou a fabricar móveis e utensílios. Como as serrarias exigiam pregos dos mais variados, também criou uma indústria de pregos.

Mas não pensam que esses foram os únicos produtos que o complexo de indústrias Matarazzo, IRFM, criou. Ainda há bastante coisa que não foram citadas. Segundo o próprio Francisco: “Sou comerciante de farinha, de bacalhau, de algodão... Não entendo de mais nada”.


No início do século XX, Matarazzo inicia sua expansão para países do exterior, aumentando ainda mais suas indústrias, seu reconhecimento e sua fortuna. Na década de 30, o conjunto de empresas ocupava uma área de 2.000.000 m², empregava 30.000 operários, 3.000 funcionários e 1.000 técnicos, possuía uma frota de navios, 10 locomotivas e 900 veículos motorizados para o transporte dos produtos!!

Logo, nota-se a competência e genialidade de Conde Francisco Matarazzo, que conseguiu transformar com habilidade e espírito empreendedor, uma pequena venda de banha de porco em um complexo de indústrias dos mais variados tipos de produtos! Entretanto, Francisco Matarazzo errou em um ponto, não treinou ninguém para substituí-lo, assim, a partir de 1937, ano de sua morte, o império Matarazzo começa a ficar debilitado.

Atualmente, a tradicional e riquíssima família Matarazzo, apesar de possuir certos resquícios de nobreza, não é mais a mesma da época do Conde. Alguns desses representantes mais atuais são: Claudia Matarazzo, Eduardo Smith Suplicy (vulgo, Supla ¬¬), Jayme Matarazzo e Maysa Matarazzo (que, na verdade, obteve esse nome porque se casou com André Matarazzo).


Abs!!

Isabela Lana



Embasado no meu trabalho de faculdade
Demais integrantes: Barbara Vieira, Fernanda Aguilar, Luciana Tavares, Leandro Ribeiro e Thiago Freitas

terça-feira, 1 de março de 2011

Eike Batista



Você conhece alguém fluente em cinco línguas? Como: português, alemão, inglês, francês e espanhol? Pois é, essa é a realidade de Eike Fuhrken Batista. Filho de Eliezer Batista (ministro no governo de Jango e presidente da Companhia Vale do Rio Doce na época da ditadura militar), Eike é bastante conhecido em todo o Brasil como magnata e empresário brasileiro, tendo sua fortuna acumulada em “alguns” bilhões de dólares.

Eike estudou 3 anos de engenharia na Alemanha, país onde foi criado pela mãe, mas, por achar o curso muito chato, acabou desistindo. O motivo de sua desistência não foi somente por uma "birra" de adolescente, havia fundamentos financeiros muito interessantes! Ainda na faculdade, Eike começou a intermediar vendas de diamantes entre vendedores da floresta amazônica e empresários europeus (o que, para mim, é lógico que houve influência MUITO grande de Eliezer para que Eike realizasse esse contato privilegiado). Percebendo, então, um mercado em potencial, Eike, logo após sair da universidade, pediu um empréstimo a dois joalheiros judeus e comprou uma das minas de um garimpeiro da floresta. Em apenas um ano, essa mina o rendeu um patrimônio de 6 milhões de dólares. Vale ressaltar um pequeno detalhe: nessa época, ele tinha 25 anos (bom, ainda tenho 5 anos!! Quem sabe...).

No início dos anos 90, quando já possuía uma quantidade considerável de minas, a mineradora canadense Treasure Valley deu a Eike uma participação de 11% da empresa em troca das minas do Brasil. Ele assumiu a presidência da organização e o nome da mineradora foi trocado por TVX. O valor desta empresa foi triplicado! Entretanto, em 2001, Eike acabou renunciando - mas seu nome já estava bastante famoso no mundo empresarial.

Eike, atualmente, é proprietário de diversas empresas, algumas delas: EBX (empresa holding e encomendas expressas), TVX (mineração), MPX (energia), AMX (recursos hídricos), MMX (mineração e siderurgia), OGX (exploração e produção de óleo e gás natural) e LLX (logística), todas com sede no Rio de Janeiro. Nota-se que todas as organizações possuem algo comum em seus nomes, que é a letra “X”. Segundo o próprio Eike, a letra foi utilizada porque “X” representa a multiplicação, o que sugere, portanto, a aceleração e criação de riqueza.

Segundo ele, para empreender de maneira eficaz são necessárias as seguintes características (que são incluídas em seu projeto Visão 360°, que não entrarei em detalhes): transparência e ética, pensar grande, perseverança, fluidez, liderança, paixão, sorte, capital de risco, stop loss¹, dividir resultados, conectividade, humildade e meritocracia.




¹ Stop Loss: Bom, abrindo um parêntese para o que seria o stop loss, essa ordem é utilizada quando se tem a intenção de interromper a perda – loss – em uma posição aberta. Por exemplo, se você compra uma ação a R$500 e pensa que se ela cair abaixo de R$ 400 a tendência seria despencar ainda mais, você pode cadastrar em seu home-broker ou sua corretora uma ordem stop loss de R$400 (Sim, curso de bolsa de valores agrega muito conhecimento! Adorei! Hehe).


Bom, aqui foi possível obter um pouco de informação da enorme e detalhada história e carreira do grande empresário Eike Batista, que, com uma velocidade impressionante (como sugere seu amuleto da sorte: os X’s), transformou planos de negócios em realidade.  Assim, percebe-se que Eike Batista é um empresário que tem gosto pelo risco (característica que penso ser de fundamental importância para um empresário de sucesso), arrojado, vitorioso, que vem vencendo desafios e desconfianças de muitos e acumulando mais e mais capital.


Com dose de humor, um site (eikecalculator.freehostia.com) mostra o tempo que você, mero mortal como eu, vai demorar para atingir a mesma fortuna de Eike. No caso, se você tiver como renda um salário mínimo, a situação é bem crítica:




Boa sorte!! hehehe




Abs!!


Isabela Lana



Embasado em:
http://www.eikebatista.com.br/page/index.aspx

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Luiz Seabra


Antônio Luiz da Cunha Seabra. Alguns podem nunca ter ouvido falar nesse nome, mas certamente já compraram (ou conhece alguém que comprou) algum produto de sua empresa. Luiz Seabra é o empresário brasileiro fundador da grande empresa de cosméticos Natura.

Seabra começou a trabalhar aos 15 anos de idade em uma gráfica, entretanto, não achava o trabalho nem um pouco prazeroso, fazendo sempre analogias a um tripallium - que é um instrumento de tortura da Idade Média. Dizia que o ambiente de trabalho era tenso, competitivo e quase cruel. Mas aos 25 anos, sua visão sobre labuta começou a mudar e seu entusiasmo aumentou quando foi trabalhar em um laboratório de cosméticos.

Em 1969, ele fundou, juntamente com seu sócio francês - Jean Pierre -, a empresa que deu origem à Natura. Nos primeiros anos, eles trabalhavam sem lucros, ou seja, trabalhavam apenas pela sobrevivência da empresa, até mesmo porque não possuíam recursos financeiros para realizar divulgações, investimento em embalagens, etc. Apesar das dificuldades financeiras, Seabra afirmou em entrevista que: "O dinheiro sempre faltava, mas a vontade e a ousadia nos fazia crescer".

Seabra e Pierre apostavam em princípios ativos de origem mais natural, que ainda não estavam "na moda", e utilizavam embalagens artesanais. Além disso, outro diferencial dessa dupla era o foco e importância que eles davam nas relações humanas dos empreendimentos, logo, faziam questão de personalizar os tratamentos das clientes - faziam isso por meio da venda direta, ou seja, as vendas "porta-a-porta". Vale ressaltar também que essa ideologia de privilegiar as relações humanas é também consequência do cenário mundial: expansão industrial do pós-guerra.

Além disso, o movimento feminista foi de suma importância para a empresa, pois a possibilidade de ser consultora Natura era uma garantia da tão almejada independência econômica das mulheres.


Na década de 70 surgia a primeira logomarca Natura. O desenho sugeria a imagem de uma flor, em que as pétalas são formadas por letras "n" (N de...? Advinha! hehe), que é a mais pura representação de uma vida que está nascendo e da beleza como um todo.


Em 1973, o volume de vendas cresceu consideravelmente, atingindo uma produção de 600 peças/mês e aproximadamente 50 consultoras. Devido a distinção da Natura das demais empresas, principalmente devido à venda personalizada, dois anos depois a organização já possuía 300 consultoras. Agora, Seabra já havia conseguido chegar ao ponto de divulgar seus produtos em todo o país e diferenciá-los, transformando, assim, a Natura, no final da década,  uma das principais empresas do ramo de cosméticos do mercado nacional (e posteriormente internacional) e considerada fenômeno mercadológico.

Em 1983, comemorando seus 15 anos de existência, a Natura lançou a campanha "Beleza não tem idade", campanha que teve enorme repercussão positiva, pois o marketing percebeu que as pessoas gostavam de ver o que é possível de ser bonito dentro da sua realidade - e não somente dentro do "padrão de beleza". Bom, vale comentar que, portanto, a recente propaganda da Dove não foi tão original assim, não é mesmo?!

Na década de 90, a empresa lançou sua nova logomarca e foi considerada uma das organizações benckmark do ramo.

O século XX para a empresa foi marcada mudanças significativas e ascendentes investimentos em P&D. Uma das linhas mais marcantes e importantes da época foi a linha Natura Bioequilíbrio, preocupando-se mais com "marketing verde", ou seja, preocupação com meio ambiente. Ademais, diante das mudanças, o branding também foi alterado, passando agora os valores de humanismo, equilíbrio, transparência e criatividade, por meio da leve imagem e do slogan "bem estar bem".


O sucesso foi tão grande, que a Natura tornou-se uma das maiores empresas do ramo nacional e internacional, conseguindo obter em 2009 a marca de 1.000.000 de consultoras! Expansão praticamente exponencial!

Assim, nota-se que as características que viabilizaram o crescimento da Natura foram: foco no cliente; uso das vendas diretas; mudança no posicionamento estratégico; e vincular a empresa à preocupação ambiental. Mas o sucesso dessa imensa organização está principalmente relacionado às características de Luiz Seabra, que pode ser considerado um empreendedor criativo, humanista, determinado, corajoso e que valoriza e preza pela ética nas organizações e nas relações!




Abs!


Isabela Lana





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domingo, 27 de fevereiro de 2011

Walt Disney


Walt Disney, vulgo "Gênio Criativo".. estava lendo uma matéria desse empreendedor nato! E estou impressionada!

Em sua adolescência, momento de Primeira Guerra Mundial, Disney foi contagiado pela febre empreendedora do país, foi então que começou investir um pouco mais em seu sonho: arte de animação e seu próprio negócio. Assim, aos 20 anos abriu e faliu sua empresa no mesmo ano (o.O incrível pensar que uma pessoa impressionante como essa já passou por isso, não é)!

Mas mesmo assim, não desistiu e começou então a trabalhar de freelancer (termo super "popular" agora para "autônomo" hehe). Enfrentou MUITA dificuldade financeira para investir (novamente) em seu sonho e quando começava a engrenar em alguma empresa, os seus "parceiros de trabalho" viravam seus concorrentes ferrenhos do dia para a noite, pois roubavam as idéias do super criativo Walt Disney, como no caso do personagem Coelho Oswald (figura abaixo).


Disney resolveu então seguir sozinho e confiar em sua capacidade de criações rápidas e de qualidade - fato que levava os custos de suas produções serem até 5 vezes mais elevados do que dos seus concorrentes, entretanto, devido a sua originalidade, isso não foi empecilho para seus seguidos superávits.

Em 1928, Disney então lançou o primeiro desenho, tendo como personagem Mickey Mouse (inspiração em um camundongo que "morava" na sua mesa de trabalho), com som sincronizado.



E este, então, foi o impulso inicial da brilhante carreira de Disney, que conseguiu a partir de sua criatividade e espírito empreendedor crescer (e muito!) o seu rentabilíssimo negócio! 


Atualmente, a marca Walt Disney é uma das mais valiosas e consolidadas no mercado, principalmente devido ao modelo de diversificação adotado por esse grupo. Vale ressaltar, também, que foi devido a esse sistema de diversificação adotado, que a Walt Disney conseguiu driblar a crise desse início do século.

Novo Blog

Bom, criei esse blog com estímulo incondicional de uma grande amiga, a fim de expor um pouco meus comentários sobre diversas matérias onlines (sim, minha geração cresceu nessa era digital, por isso - e por comodidade também né! hehe - leio mais matérias onlines do que as impressas) que pesquiso sobre empreendimentos e empreendedores.
Logo, aqui você encontrará opiniões sobre negócios - vulgo, alguma coisa ou trem (no "mineirês") - a respeito do mundo dos negócios!
Espero que gostem.
Abs!





Isabela Lana